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By Ferramentas Blog

sábado, 5 de março de 2011

História Discográfica - Revolver


Discografia para Download: http://maestrorobertoholandabeatles.blogspot.com/p/beatles-download.html

O mundo não era mais o mesmo no ano de 1966 e os Beatles faziam parte de toda aquela revolução. Em meio a todos os acontecimentos políticos e culturais que o mundo assistia, o álbum seguinte a Rubber Soul dava continuidade, agora de forma muito mais madura e confiante, a uma nova fase da banda, abusando do experimentalismo e influenciado pelas mais diversas vertentes culturais.

Por falta de um bom roteiro, a banda se recusou a gravar um novo filme. Ao invés disso, os Beatles tiraram as merecidas férias, depois de tanto agito. Com mais tempo, a banda pode trabalhar mais em estúdio, conhecendo e experimentando mais dos recursos que a época fornecia. Quando caíram na estrada e iniciaram uma nova turnê, a insatisfação era evidente. Estava impossível mostrar no palco o quanto a banda estava evoluindo em estúdio.


Depois de Rubber Soul, estava claro que os Beatles preparariam algo ainda mais inovador. Aqueles quatro rapazes haviam crescido muito em apenas três anos, de forma que a música da banda estava refletindo cada vez mais a personalidade de cada um.
De 6 de Abril a 21 de Junho de 1966, a banda produziu o novo disco, que trazia em suas composições, várias referências políticas e sociais. As experiências com drogas ficavam evidentes na maioria das composições, não só pelas letras, mas pelos arranjos inovadores. Em 14 faixas (todas de autoria da banda), os Beatles provaram o que parecia impossível: Superar o que os próprios Beatles haviam feito até então.


O disco se chamaria originalmente de “Abracadabra”, mas logo descartaram e aprovaram o novo título: “Revolver”; que nada tem a ver com a arma e sim com o movimento de um disco. A arte da capa foi produzida por Klaus Voorman, o amigo dos Beatles desde a época de Hamburgo e que anos mais tarde viria a ser o baixista de John, George e Ringo em alguns discos de carreira solo.


Revolver foi lançado na Inglaterra em 05 de agosto de 1966 e nos Estados Unidos em 08 de agosto de 1966. O disco chegou ao topo das paradas britânicas em 10 de agosto e permaneceu por 7 semanas.


O ano de 1966 se mostrava decisivo na carreira da banda. Foram 10 indicações ao Grammy e três troféus Ivor Novello (premiação máxima da música britânica), pelas canções lançadas no ano anterior.
Em março, os Beatles foram entrevistados pela jornalista Maureen Cleave, que trabalhava no jornal britânico “London Evening Standart”. Nesta entrevista, John fez a polêmica declaração de que o cristianismo acabaria mais cedo ou mais tarde e que os Beatles eram mais famosos que Cristo. Esta declaração não chegou a causar polêmica na Inglaterra, já que todos entenderam que John não estava se julgando superior ao cristianismo, apenas disse que via a religião como algo que estava perdendo a força. Porém, nos Estados Unidos a frase foi citada fora de contexto e incompreendida pela maioria das pessoas que passaram a queimar discos da banda em praça pública e criar movimentos “anti-Beatles” como forma de protesto. Algumas rádios passaram a boicotar as canções dos Beatles e em pouco tempo alguns países da Europa também protestavam contra a declaração incompreendida de John Lennon.
Não sendo o suficiente, a banda ainda passou por sérios problemas políticos nas Filipinas e após o lançamento de Revolver, os Beatles chegaram à conclusão de que as turnês estavam impedindo o crescimento da banda. Toda a tensão causada por problemas políticos e culturais, a falta de segurança e de estrutura em que eles eram submetidos e os problemas técnicos que não permitiam uma boa performance ao vivo, fizeram a banda anunciar o fim das turnês. Em 29 de agosto, logo após o lançamento de Revolver, os Beatles se apresentam pela última vez, em um show no Candelstick Park, em San Francisco.


A partir dessa data, os Beatles passaram a se dedicar somente às gravações em estúdio; podendo abusar ao máximo dos recursos técnicos e da criatividade do grupo. O papel de George Martin se tornaria ainda mais importante, já que era ele quem colocava em prática tudo aquilo que os Beatles imaginavam e muitas vezes só Martin compreendia. Era o ápice de uma revolução cultural que ainda hoje inspira artistas ao redor do mundo.

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