Randolph Pete Best (Madras, 24 de novembro de 1941) é um músico britânico conhecido por ter sido o primeiro baterista do grupo de rock The Beatles. Best começou a tocar com o grupo em 1959 e continuou até a ida do grupo a Hamburgo (1960-1961), permanecendo até 16 de agosto de 1962 pouco depois da primeira audição para EMI. Foi então substituído por Richard Starkey, mais conhecido como Ringo Starr.
Biografia
Pete Best é filho de Mona Best, proprietária do Casbah Club, que funcionava no sótão de sua casa em Liverpool, lugar em que tocavam os Beatles, Pete foi convidado a integrar-se ao grupo em 1959.Best foi despedido pelo empresário dos Beatles, Brian Epstein. A razão foi que George Martin, produtor do grupo, estava insatisfeito com o modo dele tocar bateria. Martin já havia tentado substituí-lo durante as gravações. Primeiro, Martin o substituiu por um baterista de estúdio, Andy White, na primeira sessão para a gravação da música "Love me do". Pete Best chegou a gravar com os Beatles uma versão de "Love me Do" em 6 de junho de 1962, que foi lançada no álbum Anthology, assim como participou das gravações feitas em 1 de janeiro de 1962 para a gravadora Decca, que também constam no álbum "Anthology 1".
A decisão parece ter sido um desfecho lógico de uma falta de compromisso de Best com o grupo. Enquanto John Lennon, Paul McCartney e George Harrison ficavam juntos depois dos ensaios, Best geralmente saía sozinho. Eles mantinham inclusive uma estreita relação com Ringo Starr, quem inclusive chegou a substituir Best em alguns shows. Além disto, Best ficava alheio a muitas experiências do grupo, tanto no sentido de humor como no estilo que estavam desenvolvendo[1]. Por exemplo, quando John, Paul e George adotaram o corte de cabelo Mop Top, que seria característico do grupo, Best não o fez.
Epstein tentou consolar Best oferecendo-lhe para organizar outro grupo, mantendo-o como líder do mesmo. Entretanto, Best não se mostrou interessado. Posteriormente, começou a trabalhar como padeiro.
Quando souberam da notícia da substituição de Best, muitos fãs dos Beatles se manifestaram contra, e inclusive um deles deu um soco no olho de George Harrison. Muitas fãs consideravam Best o mais bonito do grupo e durante certo tempo protestaram nos shows gritando: "Pete para sempre, Ringo nunca!" (Pete forever, Ringo never!).
O especialista em história da música pop, Spencer Leight, escreveu em 1988 um livro sobre a expulsão de Pete Best: Drummed Out: The Sacking of Pete Best. Leight sustenta que sua expulsão seria devido a ciúmes principalmente de Paul McCartney. Segundo o autor a revista Mersey Beat relatou: Quando John, Paul e George entravam no palco o público aplaudia mas quando Pete entrava, o público ia à loucura. As garotas gritavam. Pete ganhou popularidade só com sua aparência.
A qualidade musical de Best tem sido matéria de debate entre os fãs dos Beatles. Os Beatles eram considerados um bom grupo antes de começarem as gravações na EMI, e a execução da bateria por Best era geralmente considerada como sólida. Sua participação nos demos de "Love Me Do" de 1962, é virtualmente impossível de distinguir da existente versão gravada posteriormente com Ringo Starr. Seu maior defeito era a falta de criatividade; nas gravações Pete Best se mantém tocando de modo padrão e utilizando variantes convencionais. Starr, pelo contrário, mostrou-se mais inovador, abrindo um novo estilo para tocar bateria, a partir do uso da mão esquerda, e compondo partes especiais que se adequavam às necessidades de cada música.
Depois dos Beatles
Best foi então para os Estados Unidos onde se juntou com ex-músicos do Remo Four, Wayne Bickerton e Tony Waddington formando a Pete Best Four gravando por selos pequenos. Em 1965, o grupo se tornou um quinteto mudando o nome para Pete Best Combo.
Aparentemente no mesmo ano, Best teria tentado cometer suicídio inalando gás. Ele também teria tentado entrar na justiça por uma declaração de Ringo a Playboy alegando que ele teria sido mandado embora do Beatles por uso de drogas.
Pete Best resolveu largar a show business e após anos sem estar no meio musical inclusive trabalhando como padeiro, ele reapareceu no final dos anos 70 dando entrevistas, escrevendo e servindo de conselheiro em um programa de TV sobre os Beatles. Atualmente está acompanhando a banda cover argentina The Beats em suas turnês
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