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By Ferramentas Blog

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

The Beatles - 1966 / 1967

1966–67: Anos de estúdio e espiritualidade


Mais maduros, musical e pessoalmente, os Beatles dedicaram-se na gravação do Revolver, em que, em cada gravador – num total cinco equipamentos pesados que haviam sido levados ao estúdio 3 da Abbey Road Studios – um técnico operava e o outro segurava com um lápis a extremidade de laço feito pelas pontas das fitas emendadas; o resultado foi uma mistura de rock psicodélico, balada, R&B, soul e world music. Os Beatles haviam realizado seu último concerto no Monster Park, São Francisco, em 29 de agosto de 1966.[89] Este foi o último concerto da banda onde o público pagava ingresso. Sua última apresentação foi nos telhados da Apple, onde o público não pagou nada; leia sobre na próxima sub-seção. A partir de então, a banda concentrou-se apenas em gravações. Foram os momentos mais criativos do grupo. Menos de sete meses após o Revolver, os Beatles voltaram ao Abbey Road em 24 de novembro para começar a produzir seu oitavo e mais aclamado álbum,[90] Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, que os ocupou durante 129 sessões e foi lançado em 1 de junho de 1967.[91] O álbum os popularizou ainda mais.
Outro feito que popularizou o grupo – que caminhava rumo ao seu final – surgiu em um segmento no programa Our World, o primeiro programa do mundo ao vivo a transmitir, via satélite, imagens para o mundo inteiro. Os Beatles foram transmitidos diretamente do Abbey Road Studios e a nova canção, "All You Need Is Love", escrita por Lennon, foi gravada ao vivo durante a apresentação, embora eles tivessem preparado antecipadamente – num período de cinco dias – as gravações e a mixagem antes da transmissão.[92] A canção trazia uma mensagem de paz nos tempos da Guerra do Vietnã. Os Beatles convidaram vários amigos para participarem do evento, cantando o coro da canção – Mick Jagger, Eric Clapton, Marianne Faithfull, Keith Moon e Graham Nash. O programa foi visto por cerca de 350 milhões de pessoas em 26 países.
Em novembro e dezembro de 1966, e até janeiro de 1967, os Beatles gravaram dois compactos durante as sessões do Sgt. Pepper: "Strawberry Fields Forever" e "Penny Lane", mas elas acabaram não entrando no álbum. A "Strawberry…", escrita por Lennon, – embora creditada à Lennon/McCartney – diz respeito a um orfanato patrocinado pelo Exército de Salvação Inglês, chamado "Strawberry Field Children's home", que se localizava perto da casa de John em Woolton, Liverpool, número 25 da Avenida Beaconsfield, e onde ele pulava o muro e brincava durante a infância no espaço arborizado, com os amigos Pete Shotton, Nigel Whalley, e Ivan Vaughan.[93] Ele começou a escrevê-la em finais de 1966, em Almeria, Espanha, durante as filmagens de How I Won the War, de Richard Lester, o mesmo diretor de A Hard Day's Night.[94] A Tia Mimi sempre levava John a festivais de verão que aconteciam no orfanato de Strawberry Field.[95] O orfanato original, contruído nos anos 1950, acabou sendo demolido e, depois, reconstruído: o que sobrou do original foi o portão vermelho de aço, ponto bem famoso de Liverpool.[95] Além dos festivais de verão continuarem acontecendo anualmente, em 1984 Yoko Ono e Sean Lennon visitaram o local e desde então contribuem para sua melhoria.[95] Tecnicamente, a estrutura desta canção é escrita com uma chave de Si bemol maior. Ela começa com uma introdução de mellotron – escrita e desempenhada por McCartney – e depois continua no refrão. Depois de um curto silêncio dos instrumentos, a canção volta para "tenebrosos" sons distintos com notas dissonantes, espalhadas com a bateria, e depois Lennon diz: "cranberry sauce", ou seja, doce de oxicoco.[96] Nessa mesma canção, John diz: "Eu enterrei Paul" e a canção foi incluída na lista de itens que reúnem fatos onde os Beatles queriam mostrar que Paul estava morto e que outro cantor o substituía.[97][98] (Para mais informações, veja Boato da morte de Paul McCartney.) A recepção da canção foi satisfatória: atingiu o oitavo lugar na parada dos EUA, onde numerosos críticos a consideraram a melhor canção do grupo e, em 2004, foi posta em 74ª na Lista dos 500 Maiores Sons de Todos os Tempos, da Rolling Stone americana.[99]
Em contraste com "Strawberry…", onde Lennon inspirou-se em recordações do passado, "Penny Lane", escrita por Paul – embora igualmente creditada à Lennon/McCartney –, que traz melodia e ritmo menos "tenebrosos" que a anterior, também faz menção à recordações de McCartney: o cruzamento de cinco ruas formando uma rótula de trânsito – roundabout, como dizem os ingleses – em Liverpool, chamado "Penny Lane Roundabout", é uma área, hoje muito famosa por causa da canção, onde John e George nasceram perto e, consecutivamente, onde os Beatles frequentavam muito.[100] A primeira mulher de John, Cynthia Lennon, tinha um apartamento em Penny Lane e trabalhava na loja Woolworth, a uma quadra dali.[100] Durante muito tempo, quase diariamente, a prefeitura local precisava trocar as placas da rua, pois, por virar ponto turístico, os fãs da banda a retiravam e levavam consigo ou, em outros casos, rabiscavam; agora as placas de Penny Lane foram abolidas e o nome passou a ser pintado diretamente nas paredes dos prédios da rua.[100] Na letra da canção, é como se Paul fosse o guia-turístico de uma excursão para o local: ele refere-se, por exemplo, a um "barbeiro mostrando fotografias de cada cabeça que teve o prazer de conhecer" – há um edifício branco numa das esquinas da rua, chamado Tony Slavin, que era o local onde Mr. Bioletti, o barbeiro, trabalhava e onde a barbearia funcionava – e a outros pontos da cidade; Paul diz na canção: "Penny Lane está em meus ouvidos e em meus olhos". Ao contrário do vídeo promocional de "Strawberry…", o qual o grupo gravou em outro local que não o orfanato, o vídeo musical de "Penny Lane" foi filmado na própria Penny Lane. Entre os instrumentos usados no som, destacam-se a conga, o flautim e os pianos, ao todo quatro. A canção também obteve uma recepção satisfatória: alcançou o primeiro lugar na Billboard Hot 100 por uma semana e, em 2004, foi incluída pela Rolling Stone americana na Lista dos 500 Maiores Sons de Todos os Tempos, permanecendo em 449ª lugar.
Em 24 de agosto de 1967, os Beatles encontraram-se com o Maharishi Mahesh Yogi no Hotel Hilton de Londres. Poucos dias depois, foram para Bangor, norte do País de Gales, para assistirem uma conferência "inicial" de fim de semana. Lá, o Maharishi deu a cada um deles um mantra.[101][102] Embora estivessem em Bangor, os Beatles ficaram sabendo que Brian Epstein, o empresário da banda, aquele cujo nome foi muito responsável pelo sucesso do grupo, estava morto, aos 32 anos, devido, segundo o laudo, "morte acidental por overdose de Carbitol", medicamento para insônia. Em finais de 1967, receberam sua grande primeira crítica da imprensa britânica, crítica essa que era um conjunto de opiniões depreciativas sobre o filme de televisão surrealista Magical Mistery Tour.[103] A trilha sonora de Magical Mistery Tour foi lançada no Reino Unido em um EP duplo, e nos EUA em um LP completo (atualmente, a versão oficial é esse LP).

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