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By Ferramentas Blog

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

The Beatles - 1957 / 1962

1957-62: Formação

Em Março de 1957, empolgado com o skiffle que Lonnie Donegan popularizou com seus sons improvisados, John Lennon criou uma banda composta por colegas da escola Quarry Bank School — que incluía seu melhor amigo na época, Pete Shotton — primeiramente chamada de The Black Jacks, mas logo definida como The Quarrymen (em homenagem à escola).[10] Inicialmente, além dos dois, a banda era composta por Eric Griffths (violão), Bill Smith (baixo improvisado) e Rod Davis (banjo). Em 6 de julho de 1957, Paul McCartney havia assistido uma apresentação da banda em uma festa na Igreja St. Peter, e Ivan Vaughan, amigo de John Lennon e colega de classe de Paul, apresentou-lhe a Lennon; Paul foi convidado a ingressar na banda e, no mesmo ano, mostrou a Lennon a composição "I've Lost My Little Girl".[10] Em 6 de fevereiro de 1958, o jovem guitarrista George Harrison juntou-se à banda,[11] apresentado por Paul que o teria conhecido por acaso num ônibus.[12] Apesar da relutância inicial de Lennon pelo fato de Harrison ser três anos mais novo que ele (na época, com quinze anos),[12] McCartney insistiu depois de uma demonstração de George e este terminou ingressando no grupo. Lennon e McCartney desempenharam a guitarra rítmica durante esse período e, após o baterista oficial do Quarrymen, Colin Hanton deixar a banda, em 1959, depois de uma discussão com os outros membros, teve uma alta rotatividade de bateristas. Stuart Sutcliffe, colega de Lennon numa escola de arte de Liverpool, aderiu ao baixo em janeiro de 1960, a pedido do amigo.[10]
Como Paul e George estudavam no Instituto de Liverpool, não seria mais apropriado chamar a banda por "Quarrymen" e, então, o grupo passou por uma progressão de nomes, incluindo "Johnny and The Moondogs"[b]' e "Long John and The Beatles"[c]'. Sutcliffe sugeriu o nome "The Beetles" como homenagem a Buddy Holly e "The Crickets"[d]. Após uma turnê com Johnny Gentle na Escócia, a banda mudou definitivamente seu nome para "The Beatles". A primeira esposa de John, Cynthia Lennon, argumenta que o título "The Beatles" veio a John no Renshaw Hall bar, depois de ele beber cerveja.[13] Lennon, que era conhecido por dar diversas versões da história, ironizou num artigo da revista Mersey Beat de 1971 que teve uma visão onde "um homem, numa torta flamejante, disse: 'Vocês são Beatles com A'."[14] Durante uma entrevista em 2001, McCartney atribuiu a si o nome definitivo da banda, afirmando que "John tivera a ideia de nos chamar de 'The Beetles'; eu disse: 'por que não Beatles?; você sabe, como a batida do tambor'."[e]'[15]
Em maio de 1960, os então Silver Beetles[f] realizaram uma turnê no norte da Escócia, com o cantor Johnny Gentle, a quem a banda havia conhecido uma hora antes de sua primeira apresentação.[16] McCartney refere-se à viagem como uma grande experiência para a banda.[17] Naquela época os Beatles não tinham um baterista fixo, assim, profissionais desse gênero tocavam para eles apenas em determinadas ocasiões.

1960-62: Hamburgo, o Cavern Club e Brian Epstein


Encontrando-se sem um baterista antes de seu próximo compromisso, em Hamburgo, Alemanha, o grupo convidou Pete Best para assumir a posição em 12 de agosto de 1960. Best tinha até então tocado com o grupo "The Blackjacks" no The Casbah Coffee Club — uma adega em Derby, Liverpool, onde os Beatles tocavam e visitavam algumas vezes — que pertencia à sua mãe, Mona Best.[18] Quatro dias após a entrada de Best, o grupo partiu para Hamburgo; Lá, eram obrigados a se apresentarem seis ou sete horas por noite durante sete dias por semana e provavelmente estimulavam-se com bebidas e drogas.[19] O repertório era de covers de rock'n'roll dos anos 1950, basicamente americanos. Em 21 de novembro de 1960, Harrison foi deportado por ter mentido às autoridades alemãs sobre sua idade.[19] Após um incêndio acidental — envolvendo Paul e Pete — no quarto onde dormiam, a polícia os prendeu e os deportou em dezembro.[19] John retornou para Liverpool com eles em meados de dezembro, sem dinheiro e triste.[19] O grupo reuniu-se para uma performance em 17 de dezembro de 1960 no Casbah Club, com Chas Newby, músico que substituía Sutcliffe.[20] Ele havia ficado em Hamburgo, com sua nova paixão – Astrid Kirchherr – que conheceu por lá; Embora Sutcliffe tenha voltado a Liverpool no ano seguinte, em fevereiro, para visitar amigos e a família, retornou novamente para o território alemão duas semanas depois.[19] Astrid mudou o corte de cabelo de Stuart e logo John, Paul e George adotaram penteados semelhantes, o que mais tarde se tornaria uma marca registrada da banda.[21]
Os Beatles retornaram a Hamburgo em abril de 1961, com apresentações no "Top Ten Club". Enquanto tocavam nesse local, foram recrutados pelo músico Tony Sheridan a agirem como sua banda de apoio em suas apresentações na Alemanha e numa série de gravações para a Polydor Records Alemã, produzidas pelo famoso Bert Kaempfert.[22] Paul afirmou posteriormente que o grupo chamava Sheridan de "o professor"; foram as primeiras gravações dos Beatles.[22] Mais tarde, Tony foi premiado com o disco de ouro pela vendagem acima de um milhão de cópias do LP Tony Sheridan and The Beatles.[22] Quando o grupo retornou a Liverpool, Sutcliffe permaneceu em Hamburgo, mais uma vez, com Kirchherr. McCartney assumiu as funções de baixista.[19][23]
Retornando a Liverpool, o grupo realizou sua primeira aparição no famoso The Cavern Club, numa terça-feira de 21 de fevereiro de 1961.[24] A banda se apresentou 292 vezes no Cavern Club entre 1961 e 1963.[25] Em 9 de novembro de 1961, Brian Epstein, dono da loja de música North End Music Store (NEMS) na Great Charlotte Street, viu o grupo pela primeira vez no clube. Intrigado com o som da banda, e maravilhado com seu carisma (sobretudo o de John), Epstein decidiu empresariá-los.[26]
Em uma reunião com os Beatles na NEMS, em 10 de dezembro de 1961, Epstein propôs a ideia de gestão da banda.[27] Os Beatles assinaram um contrato de cinco anos com Epstein em 24 de janeiro de 1962 e ele se tornou o empresário oficial deles.[28] Com Brian Epstein como empresário do grupo, o primeiro passo foi mudar a imagem dos integrantes, substituindo as roupas de couro por algo mais formal.[29] Epstein conduziu a procura dos Beatles na Inglaterra em encontrar um contrato de gravação. Ele era gerente do departamento de gravações da NEMS, ramo que seu avô deixou de herança, uma loja de instrumentos musicais, discos de música, entre outras coisas. Nessa época, ele apostou no status da NEMS como uma importante distribuidora para obter acesso a empresas de gravações e a produtores executivos. O executivo Dick Rowe, da agora famosa troca Decca Records A&R, respondeu-lhe na época que "bandas com guitarras estão fora de moda, Sr. Epstein".[30][31]
Enquanto Epstein negociava com a Decca, ele também abordou o executivo de marketing Ron White, da EMI.[32] White, que não desempenhava a função de produtor musical na gravadora, por sua vez, contatou os produtores Norrie Paramor, Walter Ridley e Norman Newell (todos da EMI) e todos os três negaram produzirem gravações dos Beatles. Contudo, White não havia abordado o quarto produtor da EMI, e também administrador — George Martin — que estava de férias na época.[33] Os Beatles voltaram a Hamburgo a partir de 13 de abril a 31 de maio de 1962, onde fizeram uma apresentação de abertura no The Star Club.[34] Após a chegada, foram informados que Stuart Sutcliffe estava morto devido a uma hemorragia cerebral.[35]

1962: Contrato de gravação e Ringo Starr


Ainda abalados com a morte de Stuart e sem perspectivas de progresso profissional, os Beatles continuaram a fazer shows em Hamburgo e Liverpool, mas visivelmente desanimados..[36] Enquanto isso, depois de não conseguir impressionar a Decca Records, Epstein foi para a loja HMV na Rua Oxford, em Londres, e transformou os teipes que havia utilizado na Decca em um disco. Epstein conseguiu encontrar com George Martin da Parlophone (subsidiária da EMI) e levou o material. Martin, interessado no som da banda e, segundo o próprio, "considerado um produtor rebelde e independente à época",[26] aceitou uma audição. A banda então assinou um contrato de um ano, renovável, com a EMI.[37] A primeira sessão de gravação dos Beatles na EMI com Martin foi marcada no dia 6 de junho de 1962, no famoso Abbey Road Studios, no norte de Londres.[38] Musicalmente, George Martin não se impressionou com os Beatles, mas a personalidade dos integrantes lhe agradou.[39] Ele concluiu que a banda tinha um talento cru e muito humor, e que poderia melhorar musicalmente.[40]
Martin resolveu contratá-los, mas teve um problema com Pete Best, considerando-o, à época, "fraco".[29] Martin sugeriu a Epstein, particularmente, que utilizassem outro baterista nos estúdios no lugar do atual. Assim, a conclusão foi de que Martin contrataria um baterista para as gravações, enquanto Brian poderia usar Pete Best nas apresentações.[29] Isso ocorreu, principalmente, pelo fato de que os fãs dos Beatles na época não poderiam suportar vê-los sem Best.[29][41] Os três membros-fundadores da banda – George, Paul e John – pediram a Brian que ele demitisse Pete Best, e foram atendidos.[42] No dia 16 de agosto de 1962, Pete chega ao escritório de Brian, e esse lhe diz: "George [Martin] não quer você no grupo", o que deixa Neil Aspinall – motorista nas excursões da banda – furioso.[29] A partir disso, o grupo começou a cogitar alguns nomes para assumir a função de baterista. Entre esses nomes, estavam o de Johnny Hutchinson, que recusou por ser amigo de Pete.[29] A grande esperança deles foi convidar Richard Starkey – conhecido como Ringo Starr – que já era baterista da famosa "Rory Storm and the Hurricanes", e que também já havia tocado com os Beatles em algumas apresentações de Hamburgo.[43] Em 19 de agosto, três dias após a demissão de Pete, Ringo, definitivamente como baterista, tocou com os Beatles no Cavern; a apresentação gerou confusão, pois o público repudiou a nova formação, e chegaram a gritar "Pete para sempre, Ringo nunca!", e "queremos o Pete!"; Harrison teria sido agredido nessa apresentação.[29]
A primeira gravação dos Beatles com Lennon, McCartney, Harrison e Starr juntos aconteceu em 15 de outubro de 1960, na demonstração de uma série de gravações registradas particularmente em Hamburgo, onde atuaram simultaneamente como grupo de apoio da cantora Lu Walter.[44] Starr tocou com os Beatles em sua segunda sessão de gravação na EMI, em 4 de setembro de 1962, e Martin "alugou" o baterista Andy White – que já havia tocado com Bill Halley em 1957, apresentação que Paul assistiu em Liverpool[45]–para tocar na próxima sessão, no dia 11 de setembro.[46] A única apresentação realizada por White foi nas canções "Love Me Do" e "P.S. I Love You", incluídas no primeiro álbum da banda.[45] Nessa sessão, produzida por Ron Richards, Ringo tocou pandeiro ou outro instrumento de percussão quando a função de baterista era desenvolvida por Andy.[45]
A primeira sessão dos Beatles na EMI de Londres, em 6 de junho de 1962, não rendeu uma gravação digna de lançamento, mas as sessões de setembro produziram o hit "Love Me Do", compacto que, no mesmo ano, alcançou o primeiro lugar na lista dos vinte melhores da revista Mersey Beat (em 18 de outubro) e entrou na lista dos vinte compactos mais vendidos da revista Billboard (em 1 de dezembro).

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